segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Límpida flor.


No seio da madrugada que a solidão dá uma chegada
Faceira, quietinha, à espreita de uma pegadinha.
O barulho do dia não é mais motivação, nem mais distração.
Tudo pára e nem chegou, a felicidade de um amor que não findou.

Eu acho que encontrei alguém e quem confiar, mãe
Em quem eu pudesse me entregar.
Eu acreditava, sim confiava,
Mas ele não me encontrou e eu estava enganada.

Mãe, era puro como a senhora me prometeu,
Mas não aconteceu,
Eu imaginava como seria,
Mas agora o que seria?

Esse amor que nunca existiu,
Porque ele nunca ouviu,
Com a parede que impediu.

Mãe, eu sempre quis acreditar na ‘Carochinha’,
É fato que a realidade me continha,
A banalidade me continha,
A futilidade me continha,
A falsidade me continha,
A infelicidade continha,
Mas o amor não, ele era a razão.

E hoje eu entendo mãe,
Que a senhora só queria criar meus sonhos
Acima dos escombros,
Mas já fiz minhas escolhas mãe,
E vou responder por todas,
Porque a senhora dizia,
Filha corajosa queria.

Não sou seu orgulho doce flor,
Mas você é meu amor.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

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                      Problemas, todos temos, só encontre os problemas que se encaixam com os seus.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

If I fell


 
Viajar nos próprios pensamentos, isso é ilusão, pura ficção, lembrar cenas de sua vida que nunca aconteceram, imaginar como é estar no ‘topo’ ou no ‘poço’, é como se sua vida se encaixasse num quebra-cabeça excêntrico, sabendo que a maioria das melhores cenas fazem parte de um roteiro do Gibson, são elas irreais. Uma pena. Porque eu podia imaginar uma paixão avassaladora por quem eu nem conheço, podia imaginar eu largando tudo pra ser feliz num dia de quarta-feira a beira-mar, eu podia imaginar eu me destacando em meio ao formigueiro d’uma metrópole, podia imaginar eu sendo eu mesma. Enquanto ainda não ganhei na loteria ou roubei o Banco Central, a gente vai levando ao som do Chico e minha vida sendo narrada pela eterna poesia dos Beatles, enquanto Caju me excita um sentimento rebelde, anti-alienação. Ô Caju, eu preciso de alguma alienação, não me entenda mal, mas é que seria muito chato ser sincera o tempo todo, e sei que você não gosta de coisas chatas. Escrever também cansa, mexer nas suas feridas pra escrever dói, acho saudável o escritor deixar de lado, por um tempo, o papel até que desaprenda a pegar no lápis e então, objetivo alcançado; mas um escritor, ainda que sem diploma, perceba que deve imensa gratidão aquele papel, que sempre o ajudou nas horas difíceis, falou o que ele queria escutar e escutou o que ele queria falar, nobre papel, amigo de verdade. Sem saber quando vou vê-lo novamente, já agradeço por tudo que ele já fez por mim, me ajudou tantas vezes, eu devo muitas a ele. Obrigada. Acho que vou voltar e imaginar novas cenas, formar planos não-maquiavélicos para as próximas cenas, pode ser que essas sejam reais, ou fruto da minha imaginação fértil como a de uma criança de cinco anos. Apenas voltarei e lutarei como sempre... mas é que essa cena, Mel Gibson não escreveu.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Te espero sempre que puder.

O tempo passa e eu te espero, mas uma 3ª pessoa do singular apareceu, não me contive, no que eu pensei: 1º Quero mais é curtir. 2º Era pra ser você. O primeiro é reconfortante, mas o segundo me consome, não, me queima. O segundo motivo, acabou comigo, e, no fundo, queria que não fosse bom, que fosse frustrante. Merda. Foi bom e valeu a pena. Lembrei que você tinha me avisado sobre a 3ª pessoa, só podia ser mentira, ele era um ótimo partido, uma pessoa deslumbrante. Era tudo ciúmes, eu sei. Você só não queria que eu fosse feliz, principalmente com aquela pessoa. Isso é muito pequeno pra uma pessoa tão grande. Achei que com você não dava, não por falta de vontade, nem de longe; mas parecia tudo muito longe de acontecer. Decidi investir na 3ª pessoa.
Bares, carinhos, carícias, promessas. Mais bares, novos lugares, beijos... milhares.
Envolvi-me com a 3ª pessoa, deve ser lembrado que eu sou uma mulher da qual faz questão de lembrar que sentimentos existem. Mania idiota. Tudo é mais fácil sem sentimentos. Tudo. Enfim, a 3ª pessoa tinha mudado comigo, ele gostava de mim e você estava possesso, mas orgulhoso demais pra admitir. Orgulho idiota. Paixão idiota, aquela que ainda sinto por você, tele transportaria essa paixão, se pudesse, não posso; ou não quero.
Nova garota, uma das minhas, amizade interna, confiança eterna. Novos laços, novos bares, paixões, decepções.
Tudo me fez lembrar você, o que não era novidade; mas por uma nova perspectiva, a 3ª pessoa do singular deixou sua singularidade, única, atraente, sedutora, a pluralidade a tomou. Uma nova também se criou, a 1ª pessoa do singular. Como se um clarão aparecesse diante dos olhos, os meus, foi dolorido, decepção sempre é dolorida, eu queria, agora ainda mais, estar com você, mesmo que tivesse que ouvir, durantes semanas, ou anos, o tradicional “eu te avisei, você não me ouviu”, quem nunca teve o gosto da sutil vingativa famosa frase?! Essa é o tipo de frase que derrete como queijo minas, na sua boca, não é o gosto da razão, mas sim o de provar a razão, à custa dos erros alheios. Mas de você eu queria escutar, você estava certo sobre tudo, amores, amizades, os que valem, ou não, e o pior era que eu queria te escutar, mas a orgulhosa, na verdade, era eu. Orgulho idiota. Eu queria te amar, mas quem dificultava era eu. E você sempre envolveu sentimentos. Mania idiota? Dessa vez, não.
Você sempre esteve certo, “uma pessoa não muda da noite pra o dia” era um pensamento certo, “não confie em quem provou não merecer” outro pensamento certo, “não acredite, ele só fala” outro pensamento certo, tantos pensamentos certos, e nenhum olhar seu, carícia, bar, será que é tão irreal? “Quando os dois querem, amam” te espero nessa frase, frase da qual você mencionou comprimindo os lábios, fingindo nem me olhar de verdade, mas você me olhava, eu virava de costas na mesma sintonia que tua cabeça virava pra me vigiar, um riso de canto de boca, a 3ª pessoa já era passado, ou talvez nunca tenha existido, o segundo motivo foi sempre o mais verdadeiro. Era você, sempre foi você quem existiu.

Fernanda Nobre

sábado, 18 de junho de 2011

Doce loucura.

Em vista de minha loucura, quero escrever, tão somente escrever. Tu eras meu, minto, tu eras pra ser meu, mas tua musa não era essa pessoa que te escreve não te descreve, não ainda. Cheguei a uma brilhante conclusão mais cedo, algumas nasceram pra serem escritoras, alguns admiram e outras nasceram pra serem escritas, todos admiram. O papel da musa é ser encantadora como és, sem fingimentos, com seu andar flutuante entre seus cabelos esvoaçantes, que cabelos e que andar, o sorriso faz parecer que já nasceu sorrindo, como não admirar?! Que escritora encantadora, mas que musa espetacular! Sem competições, nem que quisesse, apenas aceite, que você nunca o perdeu porque nunca o teve. Pensei que fosse tua Julieta, mas sou apenas Macabéia na hora da estrela sem direito aos cinco minutos de fama.

É isso, triste fim, agora claro, depois a parte triste passa e volto a ser apenas a escritora em busca de ideias sem inspirações, antes as ideias sem inspirações, do que inspirações acompanhada de ilusões. Que mania é essa das pessoas se refugiarem dos problemas em algo, e que mania é essa dessa escritora medíocre se refugiar em seus textos, do que adianta? Não tem problema, hoje talvez eu seja a quarta ou a quinta ou ainda, se muita sorte, a segunda opção, mais tarde eu possa me sair bem como a sua primeira opção, ou a musa de algum bêbado num acabado bar.

Fernanda Nobre

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O lirismo de uma paixão.


Fala-me das coisas que, por você, são temidas e eu te entendo, te escuto, sento ao teu lado e falo que tudo vai ficar bem; essa é minha função, meu bem. Deixa-me citar algumas bobeiras nos teus ouvidos pra vê se você esquece tudo lá fora, eu estou aqui, só te resta eu, aqui e agora. Olha-me com esse teu olhar sereno e não mais que observador, olha-me, mas olha-me dos pés a cabeça e eu finjo que faço um olhar sedutor, não funciona. Com você nada que eu faço funciona, a única coisa que eu lembro, que eu sinto, são as pernas bambas, tento te impressionar, sempre, e sempre faço papel de boba, é disso que se trata? Não era pra ser, pelo menos. Porque com os outros, os outros com os quais não me importa, eu consigo fazer o olhar sedutor e, de repente, seduzir, mas acho que foi o errado, o alvo errado. Você era alvo do qual eu falei, do qual eu escrevi naqueles trechos de um diário velho. Uau. Escrevi demais naquele diário e velho, coisas das quais eram pra serem escritas nos teus ouvidos, mas pra onde iria o lirismo dos versos?

Fernanda Nobre

sábado, 14 de maio de 2011

Estreando como primeiro post: A pobre garota.

A pobre garota.

A pobre garota se encontrava em um novo presente.
Mas esse era diferente,
como no fantástico mundo de Dorothy.
Tudo que ela queria era uma solução,
para a prisão, que a angustiava.
A pobre garota pensara que tudo, até então,
tinha sido em vão.
Pobre a garota, por vezes, viajava em seu mundo de ilusão,
grande mundo fervoroso,
perfeição com facilidade, assim, se tornara mais prazeroso .
Não, não era tão gracioso o mundo de ilusão, era ilusão;
mas talvez a pobre garota, não fosse tão pobre,
ela era de fato nobre,
ora, mas não sejas mesquinho,
falo nobre de alma.
Com seu coração, ela seria capaz de mover um moinho,
a pobre, digo..nobre garota,
na Dorothy ela se transformou, calma..
sem leões, nem mundo fantástico.
A nobre garota descobrira que morava num mundo de fanáticos,
mas a garota teve a descoberta do século,
ela era LIVRE,
antes, um ser incrédulo;
mas, agora, conhecera, da palavra, sua autenticidade.
Nobre garota, agora, conhecera a verdade.

Fernanda Nobre.

Diário de uma ilusão.
Sejam bem-vindos a algumas viagens que iniciaremos por meio deste blog, me chamo Fernanda Nobre e esse blog é criação minha para que possamos questionar além de apreciar a boa, ou não tão boa, arte e com total liberdade.
Farei citações, postarei poemas e textos variados, além disso, sempre vou atualizar quando tiver novidades sobre filmes, teatro, músicas, dança, críticas atuais, só não esperem que eu poste sobre a vida dos famosos, eu já tenho uma pra cuidar. ;)
Não tenho ninguém a agradecer ou mandar um ‘alô’, quando chegar a hora o farei, portanto se divirtam, pois estejam certos que tudo que eu fizer neste blog, farei para minha diversão. Eu não estou fazendo ‘o’ blog, mas se você quiser me acompanhar, será sempre bem-vindo.