segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Límpida flor.


No seio da madrugada que a solidão dá uma chegada
Faceira, quietinha, à espreita de uma pegadinha.
O barulho do dia não é mais motivação, nem mais distração.
Tudo pára e nem chegou, a felicidade de um amor que não findou.

Eu acho que encontrei alguém e quem confiar, mãe
Em quem eu pudesse me entregar.
Eu acreditava, sim confiava,
Mas ele não me encontrou e eu estava enganada.

Mãe, era puro como a senhora me prometeu,
Mas não aconteceu,
Eu imaginava como seria,
Mas agora o que seria?

Esse amor que nunca existiu,
Porque ele nunca ouviu,
Com a parede que impediu.

Mãe, eu sempre quis acreditar na ‘Carochinha’,
É fato que a realidade me continha,
A banalidade me continha,
A futilidade me continha,
A falsidade me continha,
A infelicidade continha,
Mas o amor não, ele era a razão.

E hoje eu entendo mãe,
Que a senhora só queria criar meus sonhos
Acima dos escombros,
Mas já fiz minhas escolhas mãe,
E vou responder por todas,
Porque a senhora dizia,
Filha corajosa queria.

Não sou seu orgulho doce flor,
Mas você é meu amor.